Fazia
uns vinte dias que eu não falava com o Jorge, apesar dele estar sempre no MSN. Já
com o Mário eu continuava falando normal, mas a gente não saiu mais, pois eu
não estava afim. Eu estava cansado de procurar alguém pra namorar, não tava
tendo sorte nisso, então fiquei na minha e não fui mais atrás de ninguém.
Mas
algo estava para mudar. Depois de muito tempo sem conversarmos, o Jorge veio
falar comigo no MSN, ele me questionou se eu queria ser amigo dele mesmo ou se
ele seria só mais um no meu MSN. Eu pedi desculpas por ter me afastado e disse
que queria ser amigo dele sim. Então veio o convite, um amigo dele ia fazer
aniversário no final do mês e iria comemorar numa balada gls, o Jorge queria
que eu fosse junto com eles.
Em
seguida, ele me apresentou ao Nino pelo MSN. O Nino era o aniversariante e iria
fazer 19 anos no fim do mês. Pela foto deu pra ver que ele era moreno, cabelo curto
enroladinho e tinha grandes olhos castanhos, muito bonitos. Depois, o Jorge me
apresentou o Rogério, o cara que eu vi no celular quando estávamos no cinema.
Não deu pra ver muita coisa do Rogério na foto, só que ele era branquinho e
tinha o cabelo raspado.
Ficamos
conversando na mesma janela. Deu pra perceber que o Nino era um pouco mais
tímido, assim como eu, e o Rogério era bem mais conversador, mais animado e
simpático, me interessei por ele. Nós quatro conversamos por um bom tempo, até
que o Jorge foi dormir. Então continuei falando com os meus novos amigos. Eu e
o Rogério estávamos nos falando mais, o Nino só fazia um comentário ou outro às
vezes. Quando o Nino saiu, senti que ele ficou meio enciumado por eu falar mais
com o Rogério que com ele.
Alguns
dias depois o Rogério se afastou um pouco, e então o Nino começou a puxar
assunto comigo. Percebi que ele tava afim de mim e comecei a dar mais atenção pra
ele. O Nino queria sair comigo antes de irmos na balada, pra nos conhecermos
pessoalmente, mas como a semana foi corrida nem deu.
Então
chegou o dia, eu estava muito ansioso mas ao mesmo tempo tímido. A semana toda fiquei
trocando mensagem com o Nino pelo celular e no MSN. Estávamos começando a
gostar um do outro e ele disse que ia ficar junto comigo na balada pra eu não me
sentir muito perdido. Um pouco antes de sair de casa eu estava inseguro, não
sabia se deveria ir ou não, mas aí tomei um banho, me arrumei e fui encontrar
os meninos na estação do metrô mais próxima da balada.
Eu
fui o primeiro a chegar. Um pouco depois o Jorge entrou na estação, mas passou
direto por mim, sem falar nada, e foi pra frente das catracas. Em seguida
voltou pra onde eu estava, acompanhado de um cara muito gostoso. O Jorge me apresentou
a esse cara, ele se chamava Breno, era sarado, quase da mesma altura que eu
(tenho 1,77m), branquinho, cheiroso, se vestia bem, tinha vinte e poucos anos.
Enquanto esperávamos o Nino, nós três conversamos. O gostoso do Breno até me
mostrou algumas músicas que ele tinha no celular.
Então,
eu vi ele pela primeira vez, estava com uma camiseta lilás (a cor preferida
dele), passou pelas catracas, veio até nós e nos cumprimentou, o Nino era
bonito, mas um pouco diferente das fotos. Saímos da estação e pegamos um ônibus
ali perto. Dentro do ônibus o Breno ficou se gabando que as mulheres adoram a
bunda durinha dele, até pediu pro Nino e eu darmos uma pegada na bunda dele. Fiquei
meio sem graça, mas peguei com gosto naquele bumbum sarado, rsrs.
Chegamos
na balada e o Rogério estava esperando a gente lá dentro. Ele tava muito
animado e era tão simpático quanto no MSN. Eu tava meio tímido, mas acabei me
soltando um pouco e comecei a dançar (nunca tinha dançado, será que eu tava
muito ridículo?, kkkk). Num certo momento, o Ro se aproximou de mim e disse no
meu ouvido “Você é mais gay do que você pensa”,
eu sorri pra ele e continuei dançando.
O
Nino as vezes ficava mais perto de mim, mas nenhum dos dois tomava iniciativa.
O Breno (que estava pegando geral na balada) chamou ele pra ir no bar pegar
alguma coisa pra tomar, então eu fiquei lá na marquise com o Ro e o Jo,
dançando e vendo o movimento lá embaixo, na pista. Eles voltaram e, depois de
algum tempo, o Nino me puxou pra dançar com ele. Percebi que os outros se
afastaram um pouco pra deixar nós dois sozinhos.
Enquanto
a gente dançava, eu beijei o pescoço do Nino. E quando eu ia beijar a boca ele
não deixou, não queria me beijar ali na marquise. Ele falou alguma coisa pros
meninos, em seguida pegou minha mão e saímos dali. Descemos, passamos por uma
porta e ele me puxou pra um canto escuro que ficava ali, na entrada da pista,
então nos beijamos. O beijo dele era molhadinho do jeito que eu gosto, e ele
ainda dava umas mordidas de leve nos meus lábios que me deixaram cheio de
tesão. Ele sentiu meu volume e começou a pegar meu pau, primeiro por fora da
calça, depois por dentro, enquanto eu pegava na bunda dele, que era bem
grandinha e gostosa. Um segurança pediu pra gente se afastar, então nós
paramos.
Voltamos
pra marquise, onde os meninos estavam e continuamos nos beijando e dançando por
um bom tempo. Teve um momento em que o Breno se aproximou de mim e começamos a
dançar juntos, e o Nino foi dançar com o Ro e o Jo que estavam ali perto. O Breno
pegou minha mão e passou pelo peitoral dele, depois dançamos juntinhos, o
safado me deu um beijo de leve no pescoço que me deixou todo arrepiado. Olhei
pro lado e o Nino tava lá dançando com os amigos. Pensei: “Ta difícil resistir a esse gostoso se esfregando em mim, mas eu não vou
ficar com ele, ainda mais na frente do Nino”. Então eu resisti e ele foi
dançar com outro cara, enquanto o Nino voltou a dançar comigo.
Saímos
da balada de manhã, quando já não tinha muita gente lá. Meus ouvidos estavam
zumbindo por causa da música alta, mas eu adorei a noite mesmo assim. O Jorge e
o Rogério foram pra um lado, e eu fui pro ponto de ônibus com o Nino e o Breno.
Enquanto a gente tava lá, o Breno disse que pegou onze na balada, entre homens
e mulheres. Me senti aliviado por não ter sido mais um na lista dele, rsrs.
E
assim terminou nossa noite, mas algo estava começando...
Obs: Exceto Lucas,
todos os nomes que eu usei até agora nas minhas histórias são fictícios.